segunda-feira, 31 de maio de 2010

humano!


"Os etéreos “néctar e a ambrosia” eram bebida e alimento dos deuses. Ao mortal que ousasse os ingerir era destinada a glória dos olímpicos ou, em desmedida, a bestialidade humana".
C. Baudelaire


e assim, condenada, fui transmutada.
diante do espelho, me deparei com um típico exemplar da bestialidade humana. desmedida, sedenta, faminta ...
porém não me desespero, nem tiro o pé do acelerador.
não tenho pressa, afinal, não há nada mais bestial que ser humano.

quinta-feira, 27 de maio de 2010


"Tudo neles era recíproco -e o medo de se ferirem cresceu junto para explodir num silêncio súbito".
Caio Fernando Abreu.

quinta-feira, 6 de maio de 2010



Às quatro da madrugada Indie só queria esquecer.
Esquecer seus passos mal dados, aquela noite que, mesmo perfeita, parecia vazia. Ele não estava lá. Ela sorriu, beijou, dançou, cantou e até fez uma canção. Sua melodia sofrida, gritada, chorada, não dizia nada que os pretensiosos pudessem entender. Eles não compreendiam. Em suas cadeiras se retorciam e diziam: “que merda é essa?”.
Ela gargalhava desavergonhada. Não havia rima, havia métrica? Não sei. Medida é coisa tão incerta. Parece até o amor!